Poema: Dor Operária

Dor Operária


Fonte: Luiz Eduardo Cirne Correa (Pinterest)


A revolução está para chegar
Teremos que travar uma guerra com os capitalistas
Parece que mais uma vez viveremos na miséria
Quanto tempo ficaremos em silêncio?
O silêncio é tortuoso e a nossa vida é pior do que a morte
Para tais torturas
teremos que viver nesse inferno
Quando virá a revolução?

Podem acabar com o nosso desejo de pão nessa terra
nem a refeição pode fazer a inquietação do trabalhador
Parece que não há saída
Os trabalhadores podem morrer de fome
mas o capitalista não pode deixar 
de encher o bucho com o suor do nosso
trabalho

O que será do nosso sangue?
e cada gota de nosso suor?
para a produtividade, espera-se o pior
somos meros trabalhadores da sociedade capitalista,
cada gota do nosso sangue estará disposta a lutar contra ela

O que esperar de nós?
Se estamos sozinhos
contra uma multidão de poder
contra um grupo explorador,
sem saída,
sem liberdade

Oh senhores do poder
Por que não me faz conhecer o valor da minha força de trabalho?
Porque não devolvem o que roubaram?
Onde está minha recompensa por tudo o que produzi?
Tudo que foi acumulado
no escuro com nossa exploração
O trabalho é dobrado,
mas o dinheiro não
Pois o destino é trabalhar sem parar
na miséria,
sem descansar

E assim desse inferno
Em favor da produtividade
não pela minha vida
Já não sou mais humano
olha só o que me tornei
Oh senhores do poder
Quando virá a revolução?

Autora: Annabe

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